DA RUA À CIDADE: COMUNICAÇÃO CIDADÃ E O DIREITO DE PERTENCER NA CIDADE DE SÃO PAULO

Sobre o curso

As pessoas em situação de rua enfrentam barreiras de invisibilidade e exclusão, que se refletem diretamente no acesso a direitos básicos e no exercício da cidadania. A oficina busca contribuir para que agentes da Administração Pública desenvolvam práticas comunicacionais mais inclusivas e participativas, reconhecendo o direito dessas populações de pertencer e de se expressar no espaço urbano. 

OBJETIVOS: 

Promover a reflexão e a valorização da comunicação cidadã como instrumento de inclusão social e de garantia do direito à cidade, com foco na escuta, visibilidade e protagonismo das pessoas em situação de rua em São Paulo. 

Ao final da oficina, espera-se que os participantes:  

Compreendam o conceito de “direito à cidade” e sua relevância para a gestão pública municipal.  

Reconheçam a importância da comunicação cidadã como ferramenta de participação e transparência.  

Identifiquem práticas cotidianas de seu trabalho que podem fortalecer ou enfraquecer a cidadania urbana.  

Desenvolvam competências de escuta ativa e linguagem acessível, aplicáveis no atendimento e na comunicação pública.  

Proponham melhorias ou estratégias comunicacionais voltadas à inclusão e ao diálogo com os munícipes. 

CONTEÚDO  

Bloco 1 – Boas-vindas e contextualização (15 min)  

Apresentação e sensibilização: “O que é cidade para mim, servidor público?”. 

Introdução ao conceito de direito à cidade.  

Expectativas e desafios na atuação municipal.  

Bloco 2 – A realidade paulistana e a gestão pública (25 min)  

Desigualdades urbanas e vulnerabilidades em São Paulo.  

Dados sobre população em situação de rua e políticas públicas municipais.  

Debate: “Onde o servidor público aparece nessa cena?”. 

Bloco 3 – Direito à cidade e papel do servidor (35 min)  

Conceitos centrais (Lefebvre, Harvey, Rolnik, Maricato).  

Gestão democrática e mediação de direitos.  

Bloco 4 – Comunicação cidadã e práticas institucionais (40 min)  

Comunicação pública e linguagem simples (Kunsch).  

Princípios de escuta ativa e transparência.  

Atividade em grupos: criar propostas de melhoria comunicacional em serviços municipais.  

Apresentação e feedback coletivo.  

Bloco 5 – Síntese e encerramento (20 min)  

Dinâmica: “Que cidade pública queremos construir?”  

Síntese coletiva dos aprendizados.  

Encerramento com referências e convite à prática cotidiana. 

METODOLOGIA  

A oficina será realizada em formato presencial e dialogado, combinando exposição teórica, dinâmicas participativas e atividades em grupo, com base na metodologia de educação popular e aprendizagem colaborativa. Para certificação será necessário que a pessoa cursista participe de 100% do evento e registre presença na lista eletrônica. 

MINIBIO DOS EDUCADORES 

COORDENADOR/EDUCADOR: 

RICARDO DAHER GONÇALVES DIAS TEIXEIRA [COORDENADOR] 
Minibio: Graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, em Ciências Sociais pela universidade de São Paulo e em Segurança Pública Municipal pela Faculdade de Direito de Santa Maria. Iniciou a carreira como estagiário na Coordenadora de Governo Aberto, em 2022. De 2023 a 2024, trabalhou na Secretaria de Segurança Cidadã da Prefeitura de Diadema. Em 2025, retornou à Equipe de Formação e Pesquisa da Coordenadora de Governo Aberto da Prefeitura de São Paulo, como assessor técnico.  

DIEGO GALOFERO AURELIANO DA SILVA 
Minibio: Minha formação em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela FAPCOM (2011) me proporcionou uma base sólida para a atuação profissional. Ao longo dos anos, consolidatei minha experiência prática, especialmente com a criação e manutenção do blog Versátil RP, que esteve ativo de 2009 a 2019, abordando temas relevantes na área de comunicação. Além da comunicação, desenvolvi uma forte atuação no campo social. Trabalhei como educador socioeducativo no SEAS República, onde realizei a abordagem de pessoas em situação de rua no centro de São Paulo. Minha experiência com essa população se aprofundou como recenseador da pesquisa sobre Pop Rua em 2019, um estudo encomendado pela Prefeitura. Mais recentemente, entre 2019 e 2021, atuei como agente SUAS no CREAS Penha. Durante esse período, minha vivência em uma ocupação no centro de São Paulo por dois anos (2015 a 2017) me proporcionou um contato direto e profundo com o movimento de moradia, enriquecendo minha perspectiva e engajamento com as questões sociais urbanas.