Sustentabilidade não deve ser complicado – Como regenerar territórios a partir do cuidado e da inovação (live)

Sobre o curso

Discutir a sustentabilidade na atualidade é urgente e fundamental, especialmente no Município de São Paulo. Cotidianamente, a cidade enfrenta desafios concretos, como enchentes, ilhas de calor e poluição. São fragmentos de um estilo de vida mundialmente implantado de forma desgovernada. A aceleração do crescimento populacional, povoamento das grandes cidades desconsiderando as questões ambientais acarretou danos irreversíveis ao planeta. Olhar para problemas que vêm se acumulando ao longo do tempo sob uma perspectiva inovadora nos permitirá mitigar alguns deles, como a questão da saúde pública. O aumento da qualidade de vida dos cidadãos reduzirá o impacto orçamentário aos cofres públicos. É também uma questão de justiça socioambiental, uma vez que os impactos negativos afetam desproporcionalmente as periferias e populações mais vulneráveis. Portanto, o debate é crucial para a resiliência econômica e a equidade social, representando um grande passo para transformar a metrópole em um lugar mais justo, saudável e preparado para o futuro de seus habitantes. 

OBJETIVOS: 

A oficina apresenta o cuidado como base de uma sustentabilidade viável, possível e regenerativa.  

Partindo da vivência dos participantes, a proposta é que se construam soluções simples, mas transformadoras para o território, combinando os ODS com ferramentas práticas de cuidado, inovação social e regeneração comunitária. 

Espera-se que aluno analise criticamente o próprio território, identificando problemas e ativos a partir da perspectiva do cuidado e da sustentabilidade, cocriando, através da escuta ativa e o diálogo aberto, soluções que beneficiem a coletividade. 

Espera-se desenvolver no cursista uma visão estratégica para identificar ferramentas de baixo custo, livre acesso e fácil manejo para a promoção da sustentabilidade.  

CONTEÚDO  

Módulo 1 — Onde falta cuidado?  

Abertura e contextualização: “A transformação começa por uma decisão.”  

Diagnóstico afetivo dos territórios: o cuidado como ausência e potência.  

Introdução à Teoria do Donut (Kate Raworth) e à Metodologia DONUT (Margem Viva).  

Dinâmica “Como poderíamos…?” (método Google): reescrevendo problemas como possibilidades.  

Exercício coletivo: Sonhos, alicerces e limites do território.  

História de Feliciano Miguel Abdala — o cuidado como ato político.  

Escolha e votação das atitudes de cuidado a serem prototipadas no Módulo 2.  

Módulo 2 — Como regenerar o comum?  

Retomada das atitudes de cuidado mais votadas.  

Formação de grupos por dimensão do DONUT (Natureza, Utopia, Transformação, Comunidade).  

Aplicação do Canvas DONUT:  

O que precisa ser preservado?  

Que futuro queremos construir?  

O que podemos fazer agora?  

Quem precisa estar junto?  

Co-criação de microprojetos regenerativos.  

Apresentações-relâmpago dos grupos.  

Votação coletiva das ideias mais transformadoras.  

Fechamento: “O círculo se completa — cuidar é planejar o futuro em tempo real.”. 

METODOLOGIA  

A metodologia DONUT aplicada nesta oficina tem como referência teórica a Doughnut Economics, desenvolvida por Kate Raworth (Universidade de Oxford), e traduzida aqui para o contexto brasileiro como uma ferramenta prática de planejamento e regeneração territorial.  

Enquanto a teoria original do Donut propõe um modelo econômico que equilibra o atendimento das necessidades humanas (fundação social) com o respeito aos limites ecológicos do planeta (limites planetários), a Metodologia DONUT adapta esse pensamento à escala local, partindo de um princípio central: Nenhum território é sustentável se o cuidado não for parte da sua engenharia.  

Para certificação será necessário que a pessoa cursista participe de 100% do evento e registre presença na lista eletrônica. 

MINIBIO DOS EDUCADORES
COORDENADOR/EDUCADOR:
RICARDO DAHER GONÇALVES DIAS TEIXEIRA [COORDENADOR]  
Minibio: Graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, em Ciências Sociais pela universidade de São Paulo e em Segurança Pública Municipal pela Faculdade de Direito de Santa Maria. Iniciou a carreira como estagiário na Coordenadora de Governo Aberto, em 2022. De 2023 a 2024, trabalhou na Secretaria de Segurança Cidadã da Prefeitura de Diadema. Em 2025, retornou à Equipe de Formação e Pesquisa da Coordenadora de Governo Aberto da Prefeitura de São Paulo, como assessor técnico. 

CAMILA CAROLINE DOS SANTOS 
Minibio: Camila Santos é engenheira de produção e especialista em projetos de impacto social. Fundadora da Margem Viva, estúdio de engenharia de projetos que traduz inteligência periférica em soluções estruturadas, mensuráveis e regenerativas. É criadora da metodologia DONUT e tem mais de 10 anos de experiência em iniciativas que integram sustentabilidade, inovação social e cuidado. Colunista da Alma Preta e LinkedIn Top Voice em Impacto Social, atua na formação de lideranças e na estruturação de operações sociais baseadas em dados e afeto.